sexta-feira, 27 de abril de 2007

Marina Silva é eleita uma das campeãs da Terra

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, recebeu no recentemente o prêmio que a Organização das Nações Unidas (ONU) concede na área ambiental, o Champions oh the Earth 2007 (Campeões da Terra 2007).
Este prêmio é dado a pessoas que tenham contribuído de forma significativa na proteção e gestão sustentável do meio ambiente e dos recursos naturais. Os homenageados receberam uma escultura feita de metal reciclado. A indicação da ministra brasileira se deu pela atuação dela em favor da proteção da floresta amazônica e, também, pela queda de mais de 50% na taxa de desmatamento na região.
Pelo menos um fato inusitado marcou esta edição do prêmio: apenas dois dos contemplados compareceram pessoalmente na cerimônia de entrega em Cingapura. Marina Silva foi uma das que não compareceu enviando em seu lugar o embaixador do Brasil em Cingapura, Paulo Alberto da Silva Soares. Outro homenageado que não apareceu foi o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore que enviou a atriz e ambientalista Daryl Hanna para representá-lo.

Sete pessoas foram homenageadas pelo Champions oh the Earth 2007:
  • Ministra do Meio ambiente brasileira Marina Silva,
  • Ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore,
  • Ministro do meio ambiente argeliano Cherif Rahmani,
  • Príncipe Hassan Bin Talal da Jordânia,
  • Vivica Bohn da Suécia que dirigiu as negociações sobre padrões mundiais de segurança para produtos químicos,
  • Jacques Rogge que é presidente do Comitê Olímpico Internacional,
  • Elisea "Bebet" Gillera Gozun das Filipinas que ajudou na implantação de multas por excesso de poluição no país.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Ainda entre vizinhos

Enquanto os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos brindavam à base de álcool como bons vizinhos, o convalescente presidente de Cuba deu uma de vizinho rabugento reclamando do grande barulho que atrapalha sua recuperação.
Em artigo intitulado “A internacionalização do genocídio”, Fidel Castro criticou a reunião entre os presidentes Lula e Bush. O encontro aconteceu na casa de campo do presidente norte-americano, em Camp David, e serviu para discutir dentre outros assuntos, o uso de biocombustíveis entre os dois países.
No documento publicado no jornal cubano do Partido Comunista, Granma, Fidel Castro declarou que a proposta de Bush de produzir etanol em escala mundial a partir de alimento é genocídio.
"Ninguém em Camp David respondeu à questão fundamental, que é onde e quem vai fornecer as mais de 500 milhões de toneladas de milho e outros cereais que os Estados Unidos, Europa e os países ricos necessitam para produzir todo o etanol que as grandes empresas americanas e de outros países exigem” frisou o líder de Cuba no artigo.
As discussões em torno dos biocombustíveis deixam dois fatos bem claros: o uso do etanol é uma alternativa ao petróleo, que é uma matriz energética altamente poluente e está se esgotando no mundo. Porém, durante o primeiro ano de mandato do presidente George W. Bush, os Estados Unidos abandonaram o protocolo de Kyoto (um tratado em que os países ricos se obrigavam a reduzir a emissão de gases poluentes no mundo), portanto a política de Bush em relação aos biocombustiveis pode ser vista como uma tentativa de reduzir a dependência do EUA com relação ao petróleo venezuelano de Hugo Chavéz.
Aos 80 anos e se recuperando de uma operação que o afastou longamente, pela primeira vez da liderança de Cuba, Fidel Castro se aproveitou do barulho dos vizinhos no norte para dar um recado ao mundo: ele está de volta.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

BONS VIZINHOS

Retomando a velha política da boa vizinhança, o presidente Lula retribuiu a visita do norte-americano George W. Bush.
O brasileiro foi recebido em Camp David, a residência de montanha do presidente dos Estados Unidos em Maryland. A escolha não foi à toa. Favorecidas pelo clima e a bela vista, as audiências em Camp David costumam ser mais longas e informais.
Durante praticamente todo o encontro, os presidente brindaram a base de álcool. Mas não a bebida! O que Lula fez questão de deixar bem claro durante a visita, depois da má fama que pode ter adquirido por causa da reportagem publicada pelo jornal norte-americano New York Times sobre seu grande apreço pela bebida.
Lula foi para os Estados Unidos com o objetivo de promover outro derivado da cana de açúcar, o etanol (álcool combustível) brasileiro.
A primeira reunião entre os dois presidentes girou em torno da expansão do mercado de biocombustíveis no mundo e da estabilidade política na América Latina.
Depois de uma entrevista coletiva, os presidentes voltaram a se encontrar para tratar de um assunto mais delicado, sem muitos brindes, o comércio entre países ricos e países em desenvolvimento, principalmente em relação à política de barreiras comercias e subsídios que os países ricos mantêm em relação aos demais.

A grande expectativa que os ambientalistas mantêm é que o uso do álcool não afete as plantações alimentícias, o meio ambiente e não comprometam, ainda mais, a vida dos trabalhadores das plantações de cana-de-açúcar brasileiras.