quarta-feira, 18 de abril de 2007

Ainda entre vizinhos

Enquanto os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos brindavam à base de álcool como bons vizinhos, o convalescente presidente de Cuba deu uma de vizinho rabugento reclamando do grande barulho que atrapalha sua recuperação.
Em artigo intitulado “A internacionalização do genocídio”, Fidel Castro criticou a reunião entre os presidentes Lula e Bush. O encontro aconteceu na casa de campo do presidente norte-americano, em Camp David, e serviu para discutir dentre outros assuntos, o uso de biocombustíveis entre os dois países.
No documento publicado no jornal cubano do Partido Comunista, Granma, Fidel Castro declarou que a proposta de Bush de produzir etanol em escala mundial a partir de alimento é genocídio.
"Ninguém em Camp David respondeu à questão fundamental, que é onde e quem vai fornecer as mais de 500 milhões de toneladas de milho e outros cereais que os Estados Unidos, Europa e os países ricos necessitam para produzir todo o etanol que as grandes empresas americanas e de outros países exigem” frisou o líder de Cuba no artigo.
As discussões em torno dos biocombustíveis deixam dois fatos bem claros: o uso do etanol é uma alternativa ao petróleo, que é uma matriz energética altamente poluente e está se esgotando no mundo. Porém, durante o primeiro ano de mandato do presidente George W. Bush, os Estados Unidos abandonaram o protocolo de Kyoto (um tratado em que os países ricos se obrigavam a reduzir a emissão de gases poluentes no mundo), portanto a política de Bush em relação aos biocombustiveis pode ser vista como uma tentativa de reduzir a dependência do EUA com relação ao petróleo venezuelano de Hugo Chavéz.
Aos 80 anos e se recuperando de uma operação que o afastou longamente, pela primeira vez da liderança de Cuba, Fidel Castro se aproveitou do barulho dos vizinhos no norte para dar um recado ao mundo: ele está de volta.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse povo é cruel, venenoso, destruidor. Quero mais é que Cuba exploda os Estados Unidos; e o Brasil, por sua vez, exploda Cuba, Venezuela, Bolívia e Mexico, tornando-se soberando nas américas. Quem sabe uma guerrinha com o velho continente, mais a China e o Japão? Se vencermos, seremos soberanos do mundo! hahhah

Não há crescimento sem conflitos armados. Me diga uma potência mundial que não tenha participado intensamente de uma grande guerra (mais grande mesmo, daquelas que matam milhares) e eu ouvirei apenas o teu silêncio!

Revolução total, já!
Enéas para presidente
Suplicy vice
Silvio Santos ministro da casa civil! e tenho dito!