quarta-feira, 21 de março de 2007

A turnê de Bush pela América Latina

Como um decadente grupo musical internacional disposto a recuperar a popularidade, assim é George W. Bush, o presidente norte-americano. Bush filho visitou cinco países da América Latina em uma semana: Brasil, Uruguai, Colômbia, México e Guatemala. Em todos os países, a mesma recepção: bajulação dos governantes e protestos da população. Em fim de mandato, com imagem desgastada devido a guerra contra o Iraque e sem maioria no Congresso dos Estados Unidos, Bush fez promessas em todos os cantos por onde passou.
Muitos especialistas vêem nesta visita, uma tentativa dos Estados Unidos de recuperar a liderança política entre os vizinhos do sul que está sendo ameaçada devido a popularidade do presidente venezuelano Hugo Chávez.


O Brasil foi o primeiro país visitado pelo presidente dos Estados Unidos. Para a chegada de Bush, foi montado um forte esquema de segurança: mais de quatro mil policiais brasileiros e 300 americanos. O trânsito ficou interditado nos 50 quilômetros de distância entre o aeroporto de Guarulhos e o hotel onde Bush ficou hospedado na zona sul de São Paulo. A rota não foi divulgada por motivo de segurança. O espaço aéreo ficou restrito num raio de dois quilômetros e foram acionados canhões antiaéreos.
O encontro entre os presidentes Luis Inácio Lula da Silva e George Bush girou em torno do uso de biocombustíveis, sobretudo o etanol. Pela manhã, os presidentes visitaram um terminal da Transpetro, em Guarulhos, para Bush conhecer o processo de produção do etanol e carros flexfuel (que usam dois combustíveis).
Bush enalteceu a liderança de Lula e prometeu investir U$ 1,6 bilhão nos próximos dez anos em pesquisas sobre outras fontes de produzir etanol, mas não falou em reduzir a sobretaxa de U$0,54 cobrada sobre o etanol brasileiro comercializado nos EUA.
O presidente dos Estados Unidos ainda cometeu uma pequena gafe ao chamar o uso de etanol de novidade brasileira, o combustível já é utilizado no país há 30 anos.

O MAISQUEVERDE entrevistou alguns universitários, perguntando suas opiniões sobre a visita do presidente norte-americano ao Brasil:

“Eu não sou nem contra, nem a favor. É uma oportunidade de o Brasil estar expandindo mais um pouco, apesar de ser bastante retrógrado a gente estar no ano de 2007 e ainda fazer negociação com produto de monocultura, mas ao mesmo tempo, eu acho desnecessário essas manifestações, mostra cada vez mais que nós estamos atrasados”

Alex Flores, 21 anos
3º período de jornalismo.

“Sobre a relação do Brasil com os EUA, o Brasil deve ter essa relação independente de qualquer ideologia da sociedade. Eu acho que o Brasil deve estar aberto aos demais países, acho que é legal”

Flávio Alcântara Nascimento, 41 anos
10º período de direito.

“Eu não concordo com o Bush aqui, ele já tirou de muitos e agora quer tirar daqui, mas também não concordo com as manifestações, acho desnecessário”

Fabiana Ribeiro, 21 anos
6º período de Publicidade.



“Eu não gostei da visita do Bush aqui porque eu não simpatizo com ele, eu acho ele manipulador, ditador, um segundo Hitler”

Michele Marcos dos Santos
8º período de direito

Um comentário:

Unknown disse...

Acho interssante para o Brasil a visita do prsidente Bush, ou de qualquer outro presidente. Com a globalização é necessário ter um bom relacionamento com os outros países, certamente um país amigo tem mais probabilidade de encontrar ajuda em qualquer situação, tanto economica como financeira.... Entre outras situações que exijam flexibilidade política, porém não é interessante abrirmos mãos de nosso próprio benefício. A política tem que ser feita de maneira inteligente e respeitosa, sem abrir mão do nosso nacionalismo... Do nosso próprio valor.